sábado, 28 de junho de 2014

KISS III

A alimentação é uma questão cultural.

E não é fácil alterar hábitos que estão enraizados.

Com o advento da industrialização da comida, o fascínio dos seres humanos pelas máquinas e as grandes produções fez com que a comida se transformasse num bem de consumo generalizado, ditado por meia dúzia de empresas que determinam as tendências e os novos hábitos, os hábitos mais modernos.
Chegámos a um ponto cultural, à parte Ocidental, de rutura, o excesso de alimentação, ou seja, de má alimentação, mata mais que a subnutrição. As doenças causadas por uma alimentação desequilibrada mais parecem epidemias.

Como reverter esta situação?

Há três possibilidades:
- Não ligar para a questão e continuar a comer por hábito ou por modas e arcar com as consequências.
- Tornar-se fanático, paranoico, radical e sofrer o estigma de ser diferente, ou estranho, ficar desenquadrado dos eventos dos ciclos familiares, amigos, profissionais e até de gente que não se conhece de lado nenhum, só porque se quer ser o melhor naturalista, vegan, macrobiótico ou outra corrente que mais se adeque à sua pessoa.
- Arranjar um meio-termo combinando o útil ao agradável, ser flexível e sem filmes dramáticos. E simplificar. Sim, simplificar.

Optei pela 3ª porque já vivi a 2ª muito intensamente. Fui filha de uma macrobiótica e, mais tarde vegetariana (pela pressão da família e sociedade) durante 20 anos.
Durante uns anos tendi para a 1ª, quando viajava pelo mundo e provava tudo o que via à frente.

Ao optar pela 3ª possibilidade simplifiquei a minha vida. Não invento grandes receitas ou rituais nutricionais, não consumo muitos produtos estranhos à latitude onde vivo e tampouco alimentos caros, de difícil acesso e complicados de confecionar.

É tão simples como:

- Evitar os refinados, principalmente o açúcar e o sal.
- Fugir dos produtos confecionados por máquinas ou em série. Principalmente refrigerantes.
- Evitar comer animais criados em fábricas e em série.
- Evitar comer frutas e legumes grandes, perfeitos e sem bicho.
- Fazer cozidos, grelhados, estufados em vez de fritos e refogados.
- Seguir a dieta do tipo sanguíneo.
- Tomar suplementos nutricionais.
- Aprender a distinguir os desejos da mente das necessidades do corpo.
- Cozinhar com amor.

Não é fácil alterar hábitos alimentares?

Será mais fácil se os alterar com um beijo, sim KISS – Keep It Simple and Stupid


E a cultura será outra.

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